terça-feira, 8 de setembro de 2009

CONFORMISMO



Por Pr. Marcos Campos dos Santos



"Rogo-vos , pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos por sacrifícios vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." (Rm 12: 1-2)

Vivemos uma época de profunda apostasia. E, o que é pior, com rumores de avivamento.

Nunca antes, nestes dois mil anos de história da Igreja cristã, se viu tanto distanciamento do veio deixado por Jesus como no momento atual. E com afirmações e reafirmações de que "é forte o que Deus faz neste lugar."


Vejo hoje, mais do que nunca, o eco das Palavras de Jesus: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará nos reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! porventura não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim os que praticais a iniquidade". (Mt 7:21-23)

O mais inquietante nestes fatos é que a Igreja assiste a tudo isto passivamente. Pior ainda, assiste participando, concordando, incentivando; lastimavelmente criticando aqueles que se põem contra os absurdos que os falsos profetas veiculam com ares poderosos pelos vários canais de comunicação.

Em todas as Palavras pronunciadas pelo Senhor Jesus Cristo no Seu primoroso Sermão do Monte, narradas por Mateus nos capítulos 5,6,7 do seu evangelho, não encontramos sequer uma palavra que justifique a Teologia da Prosperidade, a Teologia da Vitória, ou outra qualquer que afaste o crente da cruz.


Eu leio e releio as "bem aventuranças" e só encontro felicidade entremeada com sofrimento.

Bem-aventurados são os humildes de espírito, os que choram, os mansos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os limpos de coração, os perseguidos por causa da justiça.

Não preciso alongar-me em explicações, pois, com a mais simples das percepções, qualquer um de nós entrelaça felicidade com sofrimento e dor nesta narrativa bíblica das Palavras de Jesus; nunca com prosperidade e vitória já.

E, como há coerência em toda a Escritura, Paulo nos orienta a uma postura de não conformismo com este século. Orienta-nos a oferecermos o nosso corpo por sacrifício. E, sacríficio pressupões morte, sofrimento e dor.

Vivemos uma época distanciada dos sinais reais da presença do Pai; sinais estes que nos levam a experimentar, a degustar a boa, perfeita e agradável vontade de Deus.

Você sabe por quê? Porque nos conformamos com este mundo. Queremos o memo que eles querem: prosperidade material e vitória já. Queremos fama, poder e riquezas.

Fuja destas coisas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário